segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Pela pauleira psicodélica e progressivamente porreta

Viva Pernambuco! Viva a Paraíba! Viva o rock nordestino!

A seguir, Alceu Valença, Zé Ramalho e o grupo Trem de Catende (que contava com integrantes do "Ave Sangria") musicaram a poesia de Ascenso Ferreira "Vou Danado Pra Catende" pro Festival de Música Popular Brasileira de 1975, direto do túnel do tempo hippie!

"Vou Danado Pra Catende" (1975)


Sinistro!


E o que dizer de "Ave Sangria"? Querem uma palhinha dessa banda psicodélica relativamente obscura dos anos setenta - e que também penou com a desgraça da censura brasileira daquele período - mas nem por isso menos foda? Sobe o som!

"Sob o Sol de Satã" ("Ave Sangria", 1974)

Rasputin X Gengis Khan, versão germânica

Um começo de semana disco, caríssimos!

Iniciemos esta segunda-feira com a épica batalha russa promovida por dois mestres trash da disco dance alemã dos anos 70!

De um lado do ringue, "Dschingis Khan", do grupo... Dschingis Khan, de 1979!

(Não se lembra quem são? Impossível esquecê-los uma vez assistidos! Já postei os figuras aqui: http://exumador.blogspot.com/2011/06/os-power-rangers-do-tempo-da-discoteca.html)

E do outro lado do ringue, os jamaicanos (?) do Boney M (os mesmos do hit "Daddy Cool": http://www.youtube.com/watch?v=E5gNYVia2rg&feature=related) mandando ver com "Rasputin" (Frank Farian, o produtor musical desse aqui e de outros grupos disco europeus a granel, ficou famoso nos anos 80 porque descobriram que um de seus conjuntos, o Milli Vanilli, não cantava suas próprias músicas)!








"Rasputin" (Boney M, 1978)


A briga é boa como vodca no gargalo (Rá!), mas se o caríssimo leitor achar que o pessoal do Dschingis Khan ganha porque são mais coloridos e bizarros, pense novamente depois de assistir essa versão disco da Acadêmicos do Grande Rio misturada com figurantes do filme da Barbarella - coisa que só a galera de Boney M poderia proporcionar:

"Ma Baker:" (Boney M, 1977)


P.S.: O sujeito de cinza com certeza devia patentear o seu incrível passo de dança!

E viva os anos 70!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A quenga grávida, o bêbado, o vigarista e o antepassado negão do moleque do Sexto Sentido (ou E se Jack Sparrow fosse um personagem de faroeste?)




Caríssimos, Lucio Fulci, um dos mestres do horror - e do gore! - não fez só filmes de zumbi como ficou conhecido, mas também foi responsável por um dos faroestes mais surreais e esquisitos de todos os tempos...

Preparem-se para a exumação de hoje, do nosso querido diretor de Zumbi 2 - A volta dos mortos (1979): Os Quatro do Apocalipse!!! De 1975!

E quem são os quatro "cavaleiros" no mundo do faroeste? Nada menos que o trapaceiro mauricinho, que acaba preso junto com uma prostituta prestes a dar à luz, um bêbado sem noção e, claro, o negão coveiro que acredita piamente que conversa com os mortos!! Quem é o inimigo? O sósia do Jack Sparrow, conhecido como Chaco, um dos sujeitos mais malvados de todos os tempos! Esse vilão que finge ser amiguinho a princípio dos quatro protagonistas e os tortura e os abandona lascados sem eira nem beira, minha gente, foi inspirado apenas no Charles Manson, o assassino serial!

O filme é tão surreal, cruel e violento... que tome cenas de cidade de faroeste na neve (!), viagens lisérgicas a base de mescalina e álcool promovidas pelo vilão, estupro da grávida da película... e canibalismo!! É sério!

Recomendado para os amantes do faroeste repletos de sangue, crueldade, violência, sexo e bizarrices!

Confiram a seguir o trailer (em inglês) de um dos westerns mais peculiares de todos os tempos.

"Os Quatro do Apocalipe" (1975, Lucio Fulci)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A assanhada dança das cavernas, a crocodila e os mortíferos tubarões alados

Um excelente começo de semana pra vocês, caríssimos! Vamos iniciar a semana de forma oitentisticamente cavernosa e predadora!

"Tubarões Voadores", álbum de 1984



O disco experimental "Clara Crocodilo" (1980)

Viajando com os tubarões voadoes do "The Dark One Podtrash" dessa semana (http://td1p.com/podtrash-54-mega-shark-vs-giant-octopus-santa-merda/), fiquem com o inigualável Arrigo Barnabé, mestre da música surreal-rock-pop dos anos 80, autor dos doidos, quadrinísticos e experimentais discos "Clara Crocodilo"(1980) e "Tubarões Voadores", de 1984 (olha só como tudo se encaixa!) - esse último álbum vinha com uma história em quadrinhos falando da ameaça dos peixes alados assassinos! E você lia o gibi acompanhando a música! Muito bom!






História em quadrinhos de Luís Gê


"Tubarões Voadores" (1984)


O site "Pipoca e Nanquim" fala sobre Arrigo e seus tubarões voadores aqui:
http://pipocaenanquim.com.br/2011/06/tubaroes-voadores-%E2%80%93-o-dia-que-arrigo-barnabe-musicou-os-quadrinhos-de-luiz-ge/

Fiquem, por fim, com Arrigo Barnabé no programa do Chacrinha (!), acompanhado de Tetê Espíndola (!?), cantando essa pérola conhecida como Uga Uga!!! Mais anos oitenta, impossível!

"Uga Uga" (Arrigo Barnabé, 1987)


É, estamos lascados!

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O buraco é mais em cima


Caríssimos, a linda história de amor exumada hoje é um musical ching-ling! Se chama "O Buraco" (ou "Dong" em chinês fluente), é de 1998 e foi dirigida por Ming Liang Tsai, conhecido por seus filmes estranhos e... úmidos!

O filme se passa na Taiwan da virada do milênio. Nao pára de chover durante o filme todo, e a cidade pouco populosa está assolada por um vírus terrível que provoca febre e alergia à luz, fazendo as vítimas se comportarem como baratas procurando a escuridão e se escondendo na umidade (começo romântico, né?)!

E como os pombinhos se conhecem? Moram no mesmo prédio de mil apartamentos sob quarentena do governo chinês. O cara está num apartamento logo em cima do da garota doente, coitada, que está sofrendo além de tudo com goteiras e inundação. Ela usa a privada com balde na cabeça por causa dos vazamentos! E então o encanador vai tentar consertar tudo fazendo um buraco gigante no chão da sala do protagonista e por conseqüência no teto da infeliz. O estrago nunca mais é consertado; o rombo fica lá, na dele, até que o cara vomita bêbado por ali, bem em cima da garota (esse não parece um começo promissor, não é verdade?)!

A partir daí, a relação dos dois vai se estreitando somente através do buraco! É uma espiada daqui, outra dali, o sujeito perturba a pobre mulher tacando água lá dentro, usando o orifício de cinzeiro... ele futuca o buraco dela sem dó (Rá!), com o perdão do comentário grosseiro em busca da piada infame. Em suma, o buraco é como eles se conheceram, mas também é a barreira entre os dois!



Mas pausa pro momento realmente insólito: tudo isso é entremeado por números musicais parecidos com os de Hollywood dos anos 50 pra construir o clima romântico! Bizarro é pouco!

Recomendado para aqueles que adoram histórias românticas realmente estranhas. O ritmo é lento e a angústia muitas vezes solitária dos personagens vem com trilha sonora de goteiras e de números musicais esquisitos mas divertidos. O amor pode ser bizarro, mas desconhece limites!

 Trecho do musical "O Buraco" (1998)


Saúde!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Segunda underground

A segunda-feira chegou... Um começo de semana muito punk pra vocês, caríssimos!

Fiquem com os britânicos de "The Jam"! A música que eles vão tocar, DJ? Um podrão da carrocinha de cachorro-quente do Bororó pra quem chutar certo!

Sim, adivinhão, é "Monday"!!

"Monday" (The Jam, álbum "Sound Affects" - 1980)

domingo, 11 de setembro de 2011

A queda das torres gêmeas, 32 anos depois

Há exatos 32 anos, a Al Qaeda mandou um meteoro assassino gigante pra destruir o World Trade Center no filme "Meteoro" (dirigido por Ronald Neame), de 1979, para desespero do Sean Connery, que está no filme! O Tio Sam acaba unindo forças com a União Soviética, mas é tudo inútil: Nova York é destroçada ante o poder do meteoro do Jihad, vermelhíssimo de ódio!

Confiram:

Metor (1979)


E depois da reconstrução da cidade, vem o Armageddon!

Armageddon (1998)


Viva Hollywood e seus poderes videntes!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O gato mia e a vidraça chora

Proponho um desafio impossível aos copos e janelas do caríssimo leitor.

Aumenta o volume que lá vem Kate Bush, a Tetê Espíndola da Inglaterra!
Se fecharmos os olhos, é possível perceber a semelhança inacreditável do canto da doida com gatos amarrados num saco levando paulada sem dó!

"Wuthering Heights" (Kate Bush, 1978)


E na sequência, a própria terrorista das cristaleiras... Rufem os tambores para nossa querida Tetê! É do Brasil!!

"Escrito nas Estrelas" (Tetê Espíndola, 1985)


Querem mais? Agradeçam (?) ao desenho do "South Park" pela descoberta nefasta: Wing, a suprema rainha oriental da terra dos cacos de vidro!

"I Wanna Hold Your Hand" (Wing)


Horror!

O desafio de verdade é sinistro, porque ainda não foi testado pela NASA: toca as três ao mesmo tempo, no último volume e sai de perto. Se sobrar um único copo de geléia de mocotó em pé, meus parabéns! Chama os jornais que isso é feito digno do Guinness, o livro dos recordes!

Elfos, anões e metal

Uma terça-feira élfica, caríssimos!

Domingo teve Blind Guardian no Rio!!

A ressaca está trevosa porque o show foi fodaço!

Bard's Song (1992)


E como dizia o Massacration, "Metal is the Law!!!"

Majesty (1987)

sábado, 3 de setembro de 2011

O mundo pós-apocalíptico dos macacos

Caríssimos, ainda estou com a macaca! A exumação de hoje é um filme de arte de 1978... com primatas! Olha só o jeitão globalizado dele: é o primeiro longa do italiano Marco Ferreri (diretor do fodaço "O Banquete") com locações dos States (mais precisamente Nova York) e estrelado por um francês (Gerard Depardieu)! A nacionlidade do pequeno chimpanzé, infelizmente, é um mistério...

Essa é daquelas obras surreais que não segue bem uma história narrativa linear; o filme é mais um apanhado de cenas soltas, às vezes meio chatas, mas muitas vezes bizarras e criativas, cheias de simbolismos e interpretações deixadas a cargo do próprio espectador.

"Bye Bye Monkey" fala sobre um sujeito (Gerard Depardieu) e seu apito inseparável vivendo numa Nova York pós-apocalíptica onde a maior parte da população foi dizimada e os ratos dominam as ruas cheias de veneno. O cara tem dois empregos, um é de manutenção da fiação elétrica de um museu de cera sobre o Império Romano (o dono do museu adora se fantasiar de Nero) e no outro é eletricista e iluminador de uma companhia de teatro feminista.

Um dia seu amigo velhinho e anarquista (vivido por Marcello Mastroianni), passeando casualmente pela praia com amigos, encontra o discreto cadáver de King Kong (!?). Nas mãos do falecido e gigantesco rei primata está um chimpanzé bebê, que Mastroianni entrega aos cuidados de Depardieu!

Já disse, há cenas soltas bem legais e esquisitas, como por exemplo quando as atrizes feministas decidem que o próximo tema da peça delas vai ser estupro. Já que nenhuma delas conhece o assunto a fundo, elas decidem estuprar Depardieu, não antes de nocauteá-lo com uma garrafa de coca-cola! Além disso, temos Mastroianni reclamando que é um velhinho broxa, há cenas de romance do Depardieu de vinte e poucos anos na época, envolvendo um apito (!) e uma sexagenária, o museu de Roma pegando fogo por causa da fiação, a tal da carcaça gigante de King Kong largada na praia e ninguém parecendo se importar, a batalha final entre os ratos e um macaco!

O pôster original

Infelizmente, tem momentos em que Depardieu aparece desfilando com a banana de fora, mas, pra contrabalançar, a sua namorada está sem roupa durante quase todo o filme! Pelamordedeus, não estou falando da sexagenária, e sim de Abigail Clayton, a famosa estrela pornô dos anos setenta!

Recomendado para aqueles que gostam de filmes surreais e paradões, mas principalmente bizarríssimos! E se tiver macacos, melhor ainda!

Trecho macacal do filme


E chega de macacos?

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

E se o Jason Vorhees fosse um orangotango? (ou O Primata que mata - Segunda Parte)

Caríssimos, estou com a macaca! Assisti recentemente no cinema o novo filme da série "O Planeta dos Macacos". E por isso, vamos falar desses símios maravilhosos e suas incríveis confusões!

A exumação de hoje tem macaco, mas não se trata de um filme bobinho da "Sessão da Tarde", não... estou falando de um orangotango assassino serial fantasiado de mordomo! Como é de conhecimento geral, o mordomo sempre é o culpado, não importa a espécie! O filme? O britânico "Link" (1986), da "Cannon Entertainment" (!), dirigido por aquele que cometeu "Psicose II", Richard Franklin.

A história, por incrível que pareça, tem elementos "Here's Johnyy!!!" do clássico "O Iluminado" do Kubrick. Isso porque assistimos a mente conturbada de um psicótico (isolado numa mansão) descendo cada vez mais em direção ao abismo da loucura e da violência... A diferença é que o maluco em questão não é o Jack Nicholson, mas sim o sinistramente simpático orangotango-mordomo cujo nome dá título à fita!

A estrela de "Despedida em Las Vegas", Elizabeth Shue, quem diria, protagoniza essa bizarreira cinematográfica, no papel de uma universitária contratada por um acadêmico insano pra ser babá de um grupo de macacos objetos de estudo científico moradores da tal mansão isolada. Obviamente, as qualificações necessárias da gostosa (limpar e cozinhar!) fazem parte da entrevista do cientista maluco! Claro que Jane (sim, o nome dela é Jane!!) responde alegremente que o fato de ser fêmea dá a ela aptidão genética para lavar e fazer comida, para horror das feministas do século XXI!

Recomendado para os amantes de filmes de assassinos seriais onde quase todo o elenco morre um por vez! Além, é claro, para aqueles que amam assistir símios superfortes, virtualmente indestrutíveis e que adoram ver a mulherada tomando banho! Praticamente o Jason Vorhees da macacada!

Elizabeth Shue e o voyeurismo primata


Trailer "Link" (1986)


Trilha de "Link" ("I'm an Ape Man", The Kinks)