terça-feira, 14 de junho de 2011

Pornochanchada chinesa


Caríssimos, a exumação de hoje prova que o gênero da pornochanchada não é exclusividade verde-amarela! Imaginem uma obra com conteúdo sexual não explícito, diálogos toscos, cenas de mau gosto e humor rasteiro... só que num filme de época bem longe do Brasil, mais precisamente na China feudal!

Fiquem, então, com "A Chinese Torture Chamber History" de 1995, um dos filmes mais insólitos do Oriente (e olha que são muitas as esquisitices cinematográficas vindas de lá...). Pois prestem bastante atenção na linda e construtiva história recheada de cenas de sexo de mentirinha, senso de humor escrachado e peculiar e, claro, torturas cruéis e intermináves! Bem, uma serva recatada, que atende pela singela alcunha de "Repolhinho" (!), pega a esposa do patrão fazendo sexo animal com o filho do juiz/torturador da localidade. A vilã decide, de forma maquiavélica, o trágico destino da protagonista: ela vai arranjar o casamento da empregada com o sujeito que é dono da maior trozoba da China, pra que ela seja despedaçada ao meio na noite de núpcias ante tamanho colosso e ninguém fique sabendo da traição (!!).

Acontece que o terrível plano não se concretiza porque o marido-jegue respeita o desejo de Repolhinho em permanecer virgem. A patroa do mal resolve apelar e arquiteta um plano ainda mais diabólico... ela incrimina o seu marido corneado e patrão da Repolhinho, bem como a própria, pelo assassinato do esposo sacudo e espadaúdo dela.

E um podrão da carrocinha de cachorro-quente do Bororó para o leitor sagaz que adivinhar a causa da morte: explosão do pênis por dose excessiva de afrodisíaco chinês (!?!). Ao som da trilha sonora de "Ghost- Do Outro Lado da Vida"! Já vi bastante filme bizarro, mas garanto que assistir uma jeba explodindo em câmera lenta ao som de "Unchained Melody" com sangue jorrando por toda a tela não se vê todo dia.

O resto do filme mostra as diversas torturas a que Repolhinho e o corno são submetidos para confessarem sua culpa no crime, das mais inocentes (como a palmatória e o ajoelhamento em cacos de porcelana), passando pelas clássicas chinesas (quem nunca ouviu falar do bambu debaixo da unha ou do esmaga-dedos?), às mais obscenas (nessa hora temos o amassador de tetas e o temível consolo deflorador gigante!).

E como se não bastasse, ainda tem mais (tudo mostrado em flashback entre uma torturazinha e outra do juiz de estilo bem parecido com a Inquisição Espanhola - aquele da tortura pra obter confissão da culpa): o filho do juiz vai estuprar a Repolhinho invisível graças a uma magia negra chinesa em uma cena; em outra, aprendemos de forma bem pedagógica que assaltantes e estupradores de beira de estrada aparentemente ignoram mulheres com caroços de azeitona no lugar de peitos. O filme ainda ensina que, pra você exigir um julgamento justo para alguém, é necessário rolar sem roupa numa cama de faquir repleta de agulhas! Fenomenal!

O melhor (ou pior, dependendo do ponto de vista) eu deixo pro final: imaginem "O Tigre e o Dragão", mas pornográfico! Apresento-lhes os mestres da arte do kung-fu e da fudelança (infelizmente só achei essa cena na internet dublada em alemão - não que faça diferença, a menos que o caríssimo leitor seja fluente em cantonês!).


 
Sem palavras...

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