segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Viagem eletrônica surrealmente suína, em plena segunda-feira

 Segunda-feira é dia de batente, que pena! Comecem bem a semana com Plaid, banda cujos integrantes são dois caras que compuseram a trilha sonora do anime maneiríssimo "Tekkon Kinkreet". Abaixo, o clipe "slasher-corporativo" da música dos porcos, "Itsu".



Bizarro!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ten Years After dois anos depois de Woodstock


"Adoraria mudar o mundo, mas não sei o que fazer" - Alvin Lee

Dois anos depois da apresentação da banda em Woodstock, Alvin Lee escreve essa música de cunho político e crítico, em 1971:
"I'd love to change the world" - Ten Years After



Bom final de semana!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Morro X Asfalto


"FM Rebeldia" é uma música de Alceu Valença do final dos anos 80. Vamos escutá-la e entender que a guerra civil no Rio de Janeiro já estava anunciada há muito tempo...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não é só uma pornochanchada musical

A exumação de hoje é nacional, de1980, de Carlos Alberto Prates, baseado livremente em um conto de João Guimarães Rosa. A produção, ganhadora de uma penca de prêmios no festival de Gramado do ano seguinte, conta com vários números musicais e a atuação de Tânia Alves, além da participação de Tamara Taxman, Louise Cardoso, Thelma Reston, entre outros. Nelson Dantas, o eterno Beato Salú, de "Roque Santeiro", é o protagonista.
O filme "Cabaret Mineiro" mostra várias cenas onde a música tocando no fundo parece ser um elemento determinante, competindo até com as imagens filmadas, quando não há números musicais como o da canção "Bunda virada". Também contém temas surreais e poéticos, mas é perfeitamente possível acompanhar a história central, em que um homem  vivencia e relembra várias de suas aventuras amorosas pelo interior de Minas Gerais.
Mas a cena antológica, para mim, é aquela em que o personagem de Nelson Dantas canta a folclórica "Suíte do Quelemeu" na intençào de seduzir gostosa rapariga. A cena, inesquecível, pode ser acompanhada logo aqui embaixo:



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Do tempo em que Sempre Livre não era absorvente

Seja "free" com a banda dos anos 80 Sempre Livre... no programa de auditório do Chacrinha, é claro!

Michael Myers, Laurie e... Gal Costa

Não fique triste, Jason Voorhees!

"Ressuscita-me", Gal Costa:
















"Ressuscita-me
lutando contra as misérias do cotidiano
ressuscita-me por isso
ressuscita-me
quero acabar de viver o que me cabe
minha vida para que não mais existam amores servis
ressuscita-me
para que ninguém mais tenha de sacrificar-se
por uma casa, um buraco
ressuscita-me
para que a partir de hoje a partir de hoje
a família se transforme e o pai seja pelo menos o Universo
e a mãe seja
no mínimo a Terra
a Terra".

Os alienígenas também amam

A estranha banda americana Animal Collective conta, no clipe da música "Peacebone", a linda história de amor entre um extraterrestre com tentáculos, digamos, fálicos, tipo os do Urotsukidōji, e a atraente garota de aparelhos que é a sua verdadeira paixão, mas que possui um terrível segredo. Acompanhem:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Hollywood turca e o Troféu Óleo de Peroba

Em se tratando de seres humanos, tudo é possível. A cara de pau das pessoas desconhece limites, e porque não dizer até mesmo fronteiras. Vamos exemplificar isso tomando como ilustração o digníssimo país cuja capital é Ankara: a Turquia (pois é, a capital não é Istambul!).
Muito bem, caríssimos, eis que mais ou menos a partir dos anos 60 até meados dos anos 80, os turcos decidiram produzir filmes em grande quantidade (e de qualidade duvidosa), mas com um pequeno detalhe: essas produções são cópias descaradas de muitos filmes conhecidos dos Estados Unidos, sem, no entanto, ter necessariamente outro elemento em comum com a obra original, como o título - e precisa? Alguns outros, porém, vão chegar ao cúmulo de exibir cenas dos filmes originais inseridos na versão da Turquia - como é o caso do inexplicável "Star Wars" turco (!!), sem creditar os autores originais, descumprindo todos os direitos autorais da face deste planeta e de outras galáxias distantes. Alguns, ainda, copiarão o roteiro de filmes americanos de sucesso, como observamos no "Seytan" (Satã), versão de " O Exorcista", do William Friedkin (!?!). O resultado, obviamente, é bizarro, mas não deixa de ser engraçado.
Os leitores gostariam de outros exemplos de plágio dos produtores turcos, certamente merecedores do Troféu Óleo de Peroba em âmbito intergalático (o diretor italiano Bruno Mattei, também conhecido por filmografia copiada de obras famosas de Hollywood, teria o maior prazer em entregar o prêmio à Turquia)? Eles estão listados a seguir, alguns com o respectivo poster:

"Superman, o Retorno" - de onde? (1979)

"E.T., o extraterrestre" (1983)

"Capitão América e Santo [lutador mexicano famosíssimo
no seu país de origem e estrela de seus próprios filmes toscos]
contra o Homem Aranha" (!), de 1973, onde o Homem Aranha é vilão!



O bizarro "Star Wars" turco, cujo título é "Dünyayi kurtaran adam" (1982),
ou "O Homem Salvador do Mundo" - ou algo assim 


A Linda Blair... da Turquia!
 
Sem mencionar diversas outras produções com figuras conhecidas do universo hollywoodiano como ninjas, mercenários, gângsters, além das versões turcas, vejam só, de Indiana Jones, Tarzan, O Mágico de Oz, Conan, Rambo, O Tubarão, Star Trek...
Esses dois últimos aparecem em breves e inacreditáveis trechos a seguir:





Percebam que a tosca cena do capitão Kirk contra o lagarto pode ficar ainda mais tosca na cópia turca!

Como se pode evidenciar, a Turquia há muito tempo é capaz de produzir suas próprias bombas de destruição em massa, o que a torna campeã legítima do Troféu Óleo de Peroba!


Parabéns!

Observação pertinente: muitos desses filmes merecem futuros posts só deles. Aguardem!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Não é o Bob Esponja! Não é a Lula Lelé! É só um programa infantil japonês...

Não me perguntem nada, caríssimos... Só acho que ficamos sabendo cada vez mais como o Japão cuida da infância dos seus habitantes... e a causa de muita gente lá ser biruta! O que talvez lembre o Bob Esponja me parece ser uma espécie de mamão ou chuchu... marinho?



Quem entendeu alguma coisa, já sabe: fico devendo um podrão da carrocinha do Bororó!

Fimes cult do Kubrick em outra mídia

Vejam o que achei na net: obras maneiríssimas de um artista gráfico nascido nos EUA chamado Carlos Ramos, adaptador de filmes famosos do diretor Stanley Kubrick em transposições bem feitas para a mídia visual.

2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968):





O Iluminado (1980):



Doutor Fantástico (1964):


Laranja Mecânica (1971):



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Retorno do feriadão


Viva a República! Viva mais um final de semana prolongado! Divertiram-se no feriadão, caríssimos? Para recuperar o ânimo no retorno ao batente, José Feliciano magistral em "Light my fire":

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O cotidiano mais dramático do mundo

Divirtam-se com esse vídeo amador com trilha sonora de "Requiem for a Dream", de Darren Aronofski:

O homem da Califórnia


Richard Kiel como "Eegah"

Richard Kiel como "Jaws"


Olha, eu sei, é preciso ser mais indulgente com atores cujo maior feito é representar coadjuvantes toscos - mais precisamente, sujeitos com mais de dois metros de altura portadores de dentes de aço e empregados de vilões megalomaníacos com planos de conquista mundial geralmente frustrados por espiões ingleses bebedores de martini. Mas assistir uma projeção estrelada por Richard Kiel em começo de carreira, onde todas as suas falas constituem-se de meros grunhidos pré-históricos, é dose pra leão! Estou falando, caríssimos, de "Eegah!", de 1962, a exumação tenebrosa de hoje.
Menciono grunhidos porque o personagem-título, responsabilidade do intérprete de Jaws quinze anos após essa bomba, é um homem das cavernas encontrado perambulando pelo deserto californiano por uma patricinha adolescente (embora a atriz estivesse na casa dos trinta) filha de um experiente escritor aventureiro (que tem um forno dentro da sua sala de televisão!).
A complicadíssima trama se desenvolve em meio ao inevitável complexo de "A Bela e a Fera". A mocinha conhece o brutamontes e depois do susto inicial faz até a barba dele! Previsivelmente, Eegah se apaixona por Roxy, tentando até estuprá-la.
O trágico desfecho acontece devido ao choque de civilizações, pois os policiais da Califórnia resolvem atirar casualmente em um sujeito grandalhão à beira da piscina só porque este estava brandindo uma clava e vestindo peles de animais selvagens. Que isso sirva de lição ao incauto leitor que ouse se trajar como Fred Flinstone em festas a fantasia nos EUA!
Produções de baixo orçamento e humor involuntário como essa jamais mereceriam sequer menção em produções futuras. Menos mal seria se tivessem esquecido nos anos sessenta essa obra tosca sobre um homem das cavernas na Califórnia. O problema foi justamente filmarem "O Homem da Califórnia" nos anos noventa. Por quê? Para quê? O filme dos anos sessenta já não é ruim o suficiente? O dos anos noventa tem o debilóide do Brandon Fraser de neanderthal! E o insuportável Pauly Shore como coadjuvante maconheiro! Céus, o horror...
Se o silencioso Jaws pudesse gritar, ele gritaria: "Eecah!"



Segue o trailer do horroroso "Eegah!":


E o trailer do abominável "Homem da Califórnia"de 1992:

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Justin Bieber dos anos 80... no Chacrinha!

Esse moleque estranho e porto-riquenho é Luis Miguel, cantando em playback e em português no Chacrinha no início dos anos 80, e foi febre entre as adolescentes histéricas daquela época junto com os Menudos. Observem como o pivete deixa a jurada Lúcia Veríssimo (!) literalmente de boca aberta com sua performance escalafobética:

sábado, 6 de novembro de 2010

A privação sensorial e o presunto

Reproduzo abaixo um comercial boboca dos anos 80 com um garoto mais mala ainda onde esse moleque vendado precisava descobrir a marca correta de presuntos - obviamente a do anunciante - dentre várias opções apresentadas:



E aqui embaixo encontra-se a versão da "TV Pirata", infinitamente melhor:

Será que Blade Runner e O Senhor dos Anéis têm algo em comum?

O desenterro de hoje é mais suposição do que um fato propriamente dito, caríssimos. Teriam as duas produções cinematográficas mencionadas acima alguma coisa em comum, eu pergunto, além do fato de serem adoradas por muitos c.d.f.s fanáticos (pois sou do tempo em que os nerds de hoje eram os c.d.f.s de ontem) e possuírem trilha sonora excelente? Talvez justamente semelhanças no quesito musical, pois Vangelis, compositor da trilha sonora de "Blade Runner", e Howard Shore, autor das músicas da trilogia de "O Senhor dos Anéis" são ganhadores de Oscar (o primeiro por "Carruagens de Fogo" e o segundo exatamente pela trilha do filme sobre anéis, hobbits e reinos fantásticos).
A questão levantada por mim, porém, diz respeito a um hipotético plágio de Howard Shore em relação a uma música de Vangelis feita em 1994, na ocasião do lançamento de novas composições para o cultuado filme de ficção científica de Ridley Scott, datado de 1982. A faixa a qual me refiro é a oitava, "Rachel"s Song", de onde o experiente compositor da trilogia de fantasia possivelmente se inspirou para a melodia-base principal usada durante vários momentos de toda a trilha sonora que lhe rendeu muitas premiações.
Por gentileza, comparem as duas músicas a seguir e notem as semelhanças:



Rachel's Song:






Senhor dos Anéis ("O Conselho de Elrond"):



Será alucinação minha ou possível plágio do Howard Shore?

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Um índio não é um corvo

Foto para o pôster de "Fitzcarraldo"

O irritadiço ator Klaus Kinski e o obsessivo diretor Werner Herzog são dois alemães malucos que uniram seus poderes para realizar filmes interessantíssimos na década de setenta (como "Aguirre", "Nosferatu" e "Woyzeck") e oitenta (como "Cobra Verde"), sendo dessa última década - mais precisamente 1982 - a exumação de hoje. Falo aqui de "Fitzcarraldo", que contou até com a participação de alguns artistas brasileiros, como José Lewgoy, Grande Otelo e Milton Nascimento.
Essa produção mostra a trajetória de um empresário falido disposto a se aventurar na selva amazônica do ciclo da borracha do início do século XX para arrebanhar lucros gigantescos criando uma rota de navegação fluvial nunca antes imaginada por meros mortais: atravessar um morro entre dois rios com um navio a vapor de mais de trezentas toneladas! De quebra, pretende levar uma apresentação da ópera de Caruso aos povoados mais recônditos da Amazônia (aquela velha história do branco colonizador levando "cultura e civilização" para o índio "inculto e bárbaro", mas isso é um outro papo).
Bem, o que eu realmente pretendo dizer sobre essa obra (cujos bastidores encontram-se bem registrados no documentário sobre as filmagens, pois até explica o abandono de Mick Jagger do projeto, por exemplo) é o absurdo e o grau de insanidade a que chega um diretor, porque este doido resolve levar às últimas conseqüências os meios para a realização da sua visão - no caso, o filme.
Explico: do meio para o final, o empreendedor maluco (interpretado pelo nervoso Klaus Kinski) arregimenta centenas de indígenas peruanos para, somente com alavancas, cordas, toras e força humana, executar a já mencionada travessia entre os rios da descomunal embarcação a vapor pela montanha. Nunca é demais repetir: o navio colossal foi tirado de dentro do rio, puxado morro acima, empurrado colina abaixo e realocado em outro rio. Sem guindastes, tratores, efeitos especiais - o único fundo verde, evidentemente, era a própria floresta (insanidade total!). Em uma cena específica dessa parte, a embarcação esmaga um índio, e tenho quase certeza de que foi de verdade. Sem brincadeira! Claro, a suposta morte de um figurante peruano dificilmente causaria tamanha comoção como, por exemplo, o polêmico acidente fatal sofrido por Brandon Lee (filho do Bruce Lee) durante as filmagens de "O Corvo". Mas, para mim, das duas uma: ou neguinho faleceu durante a realização de "Fitzcarraldo" ou Herzog é genuinamente um mestre, não tem outra possibilidade!
Sim, trata-se de um filmaço, cujo modelo de produção jamais será repetido em filmes dos dias de hoje. Recomendo pelo impacto causado no espectador ao assistir na tela um sonho megalomaníaco realizado por dois protagonistas, o fictício e o verdadeiro. Confiram o trailer:

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sem leite hoje!

A música britânica desenterrada de hoje, do "Herman's Hermits", de 1966, é do tempo em que uma mulher saindo com um homem era uma companhia "gay" - ou alegre, é claro! O problema é que essa garota, paixão eterna do sujeito, foi embora. Toda vez que o cara passava pela porta da casa dela, só restava aquela garrafa de vidro sem uma gota de leite, totalmente vazia, e então ele só ficava remoendo as lembranças românticas de seu amor proporcionadas pelo vil laticínio (?).



Traumatizado com a separação desoladora, o sujeito nunca mais tomou leite na vida, se dedicou à jardinagem, saiu da Inglaterra e atualmente mora sozinho num típico subúrbio americano, vizinho de um casal de crianças cuja mãe neurótica vive perturbando a paciência para elas tomarem o esbranquiçado líquido. Confiram abaixo o triste destino de um homem cuja história de vida é manchada... de leite!



Pergunta pertinente: você ajudaria o pobre senhor ou viraria o copo em um segundo, sem dó?