quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Veja isso bêbado

As animações digitais-surreais do artista gráfico Cyriak são melhor apreciadas no modo alcoolizado - aliás, meu atual estado.
Vejam só o vídeoclipe que ele fez para o tal de "Eskmo". Sinceramente nunca ouvi falar da banda, ou do... músico, mas o visual é demais!



Se você preferir, pode assistir as vacas do Cyriak! Viagem absoluta!

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Comer até explodir

Para aqueles brasileiros privilegiados que podem se refestelar com uma mesa farta a partir das comemorações natalinas, os excessos pantagruélicos são quase certos. O caríssimo e guloso leitor, de posse do melhor amigo dessas horas, o sal de frutas, sabe perfeitamente que a expressão "festas de fim de ano" é quase equivalente a uma outra: "comer até explodir".
Para manter essa imagem na cabeça dos mais chegados aos excessos gastronômicos, grupo do qual orgulhosamente faço parte, aliás, nada melhor do que exemplificar com uma das cenas mais surreais e grotescas daquele filme de 1983 do grupo de humor inglês Monty Python, chamado de "O Sentido da Vida".
Existe uma cena em que um sujeito obeso de forma fisicamente impossível nos comprova com perfeição aquele velho ditado de se morrer pela boca. Observem atentamente abaixo o que acontece quando alguém exagera na comida. Tenham em mente que somos brasileiros e adoramos o peru de Natal, a rabanada e outros quitutes saborosos porém inadequados à nossa ceia de fim de ano, uma vez que o calor inclemente impera em nosso tropicalíssimo país nessa época de verões escaldantes de quarenta graus à sombra:



Frase final do garçom John Cleese: "Aqui está a conta!"
Hilário!


Mas pra quê ficar só com a bizarra e nojenta explosão do Senhor Creosote do Monty Python, quando podemos nos orgulhar do pioneirismo "glutão-surreal" do Brasil, com a novela "Saramandaia", de 1976, exibida pela Rede Globo, onde a balofíssima Dona Redonda, magistralmente interpretada por Wilza Carla, vai pelos ares por causa de nefasta comilança:




Atenção para o bônus de assistir um monte de atores da Globo - hoje caquéticos ou já mortos - novinhos na década de 70!

  

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

E chegou o dia 24 de dezembro...

Quadrinho 1: Calvin: "- Essa coisa toda de Papai Noel não faz sentido".
Quadrinho 2: Calvin: "- Por que tanto segredo? Por que tanto mistério? Se esse cara existe, por que ele não se mostra e prova que existe?"
Quadrinho 3: Calvin: "- E se ele não existe, qual o significado disso tudo?"
Quadrinho 4: Haroldo: "- Sei lá... Não é um feriado religioso?"
Calvin: "- É, mas na verdade, eu tenho as mesmas perguntas sobre Deus."

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O disco mais raro e psicodélico do Brasil

Frente do LP original


Verso do disco com as músicas subdivididas pelos elementos

A exumação de hoje, musical, diz respeito a um disco bicho grilo de 1975 do Zé Ramalho com Lula Côrtes.
Todo temático, suas onze músicas estão divididas entre as partes Ar, Água, Terra e Fogo. Esse LP psicodélico pioneiríssimo no Brasil - "Paêbirú" - surgiu da parceria dos dois após Zé Ramalho ter ouvido falar do papel de destaque daquele músico na I Feira Experimental de Música do Nordeste de 1972, que ficou bem mais conhecida como "Woodstock Cabra da Peste".
Em 1974 finalmente se conheceram. A psicodélica obra riponga, baseada no sítio arqueológico da Pedra do Ingá, repleto de complexas, ancestrais e misteriosas inscrições rupestres talhadas num paredão rochoso há muitas gerações e que muita gente atribui a autoria a alienígenas (!), sai um ano depois, com tiragem de 1300 cópias, produzida pelo Estúdio Rozenblit de Recife. Há mais de quatrocentos anos atrás, o capitão de uma expedição de caça a indígenas, ao deparar-se com aquele achado feito por cultura há muito extinta, disse tratar-se de "símbolos de coisas vindouras"...
O problema foi que as "coisas vindouras" vieram, de fato... A passagem em 1975 de uma gigantesca enchente do rio pernambucano, o Capibaribe (que passa pelo centro de Recife antes de desaguar no Atlântico), levou e destruiu todos os vinis, menos cerca de 300 que Lula - o músico, não o presidente (Rá!) - havia guardado em casa. Sabem quanto está valendo um exemplar, caríssimos? Mais ou menos quatro mil reais!
E o que é Paêbirú? Segundo os dois malucos-beleza, partindo de São Tomé das Letras, lugar onde as tais inscrições rupestres misteriosas também se encontram, existe um caminho que conduziria até Machu Picchu no Peru. Essa trilha é chamada pelos índios Cariri de "Peabirú". É ou não é uma viagem hippie completa?

Fogo, No.8: "Nas Paredes da Pedra Encantada":

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"A Origem" Só Para Baixinhos


O filme desenterrado de hoje é sobre uma jovem e rebelde pessoa capaz de entrar em sonhos e trazer dali informações para o mundo real. Essa pessoa também consegue construir um mundo onírico e moldá-lo de acordo com sua vontade. Contudo, esse lugar fantástico pode se transformar em um pesadelo quando um membro da família desse protagonista preso no seu subconsciente resolve aparecer e atrapalhar seus planos durante o sono...
Essa rápida sinopse é razoavelmente parecida com a de "A Origem", não é verdade? Mas a produção bastante desconhecida do público geral aqui exumada ainda guarda outras semelhanças com o filme estrelado por Leonardo DiCaprio e Ellen Page (a adolescente grávida de "Juno").
"Paperhouse" (de 1988, dirigido pelo britânico Bernard Rose), assim como a obra do celebrado Christopher Nolan (ele deve até ser premiado no começo do ano que vem com Oscars por esse trabalho), tem o privilégio de contar com a composição musical original do mestre alemão Hans Zimmer!
Mas "Paperhouse" não é de Hollywood, e sim da Inglaterra. O personagem principal não é o DiCaprio, mas Anna, uma garota de 11 anos rebelde sem causa, mimada e chatinha que resolve desenhar uma casa em um caderno. Quando sonha, ela viaja para essa casa materializada em um mundo de sua criação. Essa menina é responsável, ainda, por colocar dentro da supracitada habitação um garoto para lhe fazer companhia, e eventualmente descobre que o moleque e outras coisas são mais reais do que imaginava...
À medida em que Anna acrescenta detalhes ao lar inventado, como novos cômodos e mobília, e vai se aprofundando ali dentro, sua febre piora no mundo real, permitindo que seu pai ausente saia do subconsciente e resolva aterrorizá-la. Nos momentos mais delirantes durante a doença, a garota não consegue mais diferenciar realidade de sonhos. Vejam só como essa exumação realmente tem elementos que também existem na produção de 2010! Obviamente, o orçamento da obra de 1988 é muito inferior ...
Mas quando a perseguição do pai se intensifica pela casa, o filme se torna mais sombrio e assustador. O gênero, acredito, passa a ser o suspense, e não a fantasia.
Pensando melhor, acho que o filme não é destinado aos telespectadores mirins: rola até beijo de língua entre as duas crianças protagonistas! Esse diretor não tem vergonha, não? Ah, esses loucos anos oitenta...

O trailer:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Magritte é pop!

René Magritte (1898-1967), o celebrado pintor belga surrealista do século XX, anda com tudo e não está prosa!
Ele foi - como tudo eventualmene será, pelo andar da carruagem -  descoberto, apropriado, descontextualizado e devidamente absorvido pelo mercado e pela indústria da cultura e do consumo de massas!

A pintura original:

"Le Fils de L'Homme" (1964)


"Le Fils de L'Homer" (!):



"Le Fils de Sesame Street":


"Le Fils del Apple":











                   "Ceci n'est pas une propagande"! 

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Escadaria a jato para o inferno

É, 2012 está chegando... Preparem-se para o apocalipse vindouro, porque a exumação aí de baixo com certeza é um sinal do fim dos tempos - um selo foi aberto, sem dúvida!

Dolly Parton: "Stairway to Heaven"



Conselho: siga o gato Tom, garanta o seu lugar e evite muito tumulto, antes que 2012 chegue!

Tom & Jerry ("Heavenly Puss", 1949):

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Livros não pifam!


Adquiri recentemente um livro muito bom - e, desde já, importantíssimo - chamado "A Questão dos Livros", do historiador dos livros americano Robert Darnton. Ele escreve sobre coisas fundamentais a respeito desses "tijolinhos de conhecimento" e a transmissão e preservação de informação nos dias de hoje cada vez mais inseridos no mundo virtual. Ele chega a dizer, sem brincadeira, que a explosão da comunicação eletrônica é coisa tão revolucionária quanto a invenção há mais de quinhentos anos da imprensa com tipos móveis do Gutenberg.
Ainda não acabei de ler, mas tem muita coisa interessante ali. O Google, aquele conhecido e colossal site de buscas, fez um acordo há pouco mais de cinco anos atrás com as maiores bibliotecas americanas (a de Harvard, por exemplo, cuida de seu acervo desde 1638) para digitalizar os livros impressos e disponibilizá-los no ciberespaço. Isso causou um problemão judicial danado porque o Google pretende cobrar planos de assinaturas para os leitores terem acesso ao conteúdo do banco digital de dados protegido por direitos autorais (lá nos States o copyright dura 70 anos, ou seja, uma penca de livros do século XX ainda não é de domínio público). Para se ter uma idéia, passadas as pendengas na Justiça, o site de buscas, se bem sucedido, terá controle invulnerável à competição, por lei, de toda a digitalização de livros protegidos por copyright nos EUA!
Outro ponto levantado é uma característica inerente às tecnologias de mídia eletrônica e suas respectivas empresas: tudo fica obsoleto na velocidade da luz! Essas coisas entram em declínio muito rápido no âmbito da internet. Apesar do poderio do Google, não é de todo impossível o seu desaparecimento, ou absorção, por uma nova forma de tecnologia.
E a preservação do acervo digital? Alguém se lembra dos disquetes, por exemplo? Para ilustrar essa questão, imaginem se o modo de armazenamento escolhido pelo Google fossem as bibliotecas guardadas em disquetes! E se com esses livros todos digitalizados na rede alguém tem a brilhante idéia de destruir os físicos, do mundo de verdade, como é que fica se o acervo digital ficar inacessível, ou simplesmente sumir, "der pau"?
Documentos podem ser perdidos no ciberespaço por conta da obsolescência da mídia em que estão registrados. Todos os textos "nascidos digitais" entram automaticamente no rol das espécies em risco de extinção (incluo, aqui, esse meu próprio espaço).
Caríssimos, entendo tanto de computação quanto um ornitorrinco estrábico, mas sei que empresas de internet vem e vão. Bibliotecas existem há muitos séculos e os livros, em forma de códice, existem há milênios. A obsessão voraz por desenvolver freneticamente novas mídias eletrônicas acabou inibindo os esforços para preservar as antigas. Pode parecer antiquado - e é, mas o melhor sistema de preservação de conhecimento já inventado pelo homem é o mundano livro impresso.
O autor, Robert Darnton, percebe que nossa era está sendo dominada por uma enxurrada de inovações e traquitanas tecnológicas - algumas maneiríssimas, mas existe uma relação de dependência dos homens com as máquinas muito difícil de se prever o desfecho. Vejam o caso da "geração digital", onde muita criança sequer encostou num lápis e outras são incapazes de escrever em letra cursiva.
Pois bem, não acabei de ler o texto todo (em papel!), mas já adianto minha opinião sobre o possível futuro das obras impressas em relação a esses novos parentes digitais. Ela está escrita no título deste post!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Cripple Fight!"

Existe um episódio bisonho ao extremo de um certo desenho animado totalmente despreocupado com a correção política. É claro que me refiro a "South Park", e o episódio em questão é aquele em que as duas crianças aleijadas começam a brigar! O bônus, obviamente, é o gordo Cartman (sempre ele) anunciando alegremente o evento pelas igrejas, ruas e mercados, sempre de forma muito escrota.


 
Mas será que os criadores dessa animação sabiam da existência do inacreditável filme de kung fu que orgulhosamente desenterro por aqui, "The Crippled Masters", de 1979, um dos ápices, por assim dizer, do politicamente incorreto?
É sério: essa produção grotesca de Taiwan conta a história de um mestre de kung fu malvadão que sadicamente joga ácido nas pernas de um de seus subalternos sem motivo aparente e o expulsa. É preciso mencionar que esse infeliz agora com pernas destruídas havia mandado cortar fora os braços de outro cara logo na primeira cena do filme e havia sido elogiado pelo mestre-vilão! Pois é, não esperem muito sentido nisso tudo aqui...
Os dois aleijados acabam se encontrando e o sujeito que teve os braços decepados (magistralmente "interpretado" por um homem realmente nascido com toquinhos no lugar dos braços) deseja vingança! Só faltou aparecer o Cartman entre os dois para gritar "Cripple Fight!"
Pois bem, salvo a insólita situação dos protagonistas, todos os clichês das produções de kung fu estão presentes, inclusive um eremita ancião que resolve iniciar uma série de treinamentos especiais com os dois para que eles façam justiça e derrotem o antigo e maligno mentor, cuja habilidade especial é ter uma placa de metal presa nas costas. Mas percebam que os heróis só poderão vencer essa ameaça caso unam suas forças e se tornem insuperáveis! O nível de bizarrice é indescritível, só assistindo o trailer para crer:
 

 
Nem os livros de auto-ajuda mais mirabolantes e toda a correção política do mundo conseguiriam mostrar tamanha superação de limites! Kung Fu tosco neles!
 
Ah, uma palhinha dos dois pivetes aleijados de "South Park", Timmy e Jimmy, o improvável legado de "The Crippled Masters":


segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Isso cheira a espírito jovem?

Kurt Cobain não está mais se revirando no túmulo porque Paul Anka resolveu ser moderninho ao desenterrar o falecido grunge com requintes de crueldade. Vejam a versão "big band" de "Smells Like Teen Spirit" do sádico músico insensível ao sofrimento daqueles que já se foram:

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Do ventriloquista psicótico ao canibal assassino


A exumação de hoje, caríssimos, "Magia Negra" ("Magic"), é uma produção de 1978 dirigida por Richard Attenborough (intérprete daquele velhinho dono de uma ilha cheia de dinossauros trazidos à vida pela milagrosa engenharia genética do filme do Spielberg, "Parque dos Dinossauros"), e mostra que um ator precisa encarar muita dobradinha com moela para finalmente ser reconhecido e ter direito ao filé mignon.
O ator, diga-se, é Anthony Hopkins - ainda com cabelos e sem aparente afinidade por fígados humanos! - em um papel sobre um mágico fracassado que resolve arrumar um boneco idêntico a ele e se tornar ventríloquo. Os dois acabam fazendo sucesso e são até contratados por Burgess Meredith - o eterno Pingüim do seriado do Batman dos anos 60. Os problemas começam a surgir quando o criador e a criatura se aprofundam em um relação esquizofrênica, rumo à insanidade, e quando acontece um triângulo amoroso muito bizarro no momento em que uma antiga namorada do protagonista  resolve aparecer...
Uma coisa enervante desse filme é o fato de Fats, ferramenta de trabalho do Anthony Hopkins, ameaçar em cada cena criar vida tal como o "Chucky, o Brinquedo Assassino" (aquele boneco possuído por espíritos malignos que usa o macacão igualzinho ao do Fofão!) e sair matando todo mundo. A intenção do diretor é mostrar um suspense psicológico, a insanidade crescente do ventriloquista, mas eventualmente lá pelo fim o maldito ser artificial está com uma faca na mão cortando o pescoço das pessoas - isso quando ele próprio não é usado como porrete mortífero...
Na realidade, para Anthony Hopkins, trabalho sempre foi trabalho (ele sempre defendeu os seus caraminguás dignamente), e Richard Attenborough queria mesmo era orçamento para filmar sua obra do ano seguinte, "Gandhi" (aquela produção ganhadora de uma penca de prêmios), e por isso topou fazer esse aqui, só recomendado para quem sempre quis que o supracitado "Chucky, o Brinquedo Assassino" fosse um suspense psicológico-cabeça!

O trailer:

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O desodorante desumidificador define o destino do demente despreocupado

Dos comerciais engraçadinhos de desodorante, esse é um dos melhores... e dos mais asquerosos!
Confiram (acho que é argentino):

Trinta anos sem John Lennon

Ouçam "Tomorrow Never Knows" (1966), do disco "Revolver", uma das músicas pioneiras no campo lisérgico-psicodélico do rock, para lembrarem daquele inesquecível camarada adorador de japonesas baranguíssimas, assassinado covardemente com tiros de revólver pelas costas. Um brinde ao eterno John!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Tristeza na versão maquiada

Muito bem, caríssimos. Todo mundo sabe que um dos maiores nomes do rock mundial, o maluquete David Bowie, já sofreu trocentos covers de suas músicas. Impossível esquecer da tenebrosa "Astronauta de mármore", versão nacional e ruim de doer do "Nenhum de Nós" ("Sempre estar lááá, e ver ele voltar, não era mais o mesmo mas estava em seu lugar...").
Agora, o que talvez muitos não saibam é que nosso eternizado "Ziggy Stardust" também já aprontou das suas no quesito cover. Ele pegou emprestado "Sorrow", canção original de 66 de uns sujeitos de terninho e cabelinho engomado, mais precisamente 'The McCoys" (aqueles do "Hang On Sloopy", lembraram?), e a "setentizou", por assim dizer: ela parece até uma música de autoria do próprio Bowie, com purpurina e tudo!
Confiram a versão original:


"Sorrow", The McCoys, 1966:


Agora, a versão "glam" do mutante maquiado David Bowie, de 1973:



Pois é: surrealismo, sax e dois quilos de maquiagem, só nos ano 70!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Os trogloditas apaixonados

A banda inglesa dos sujeitos de terninho listrado que os caríssimos podem observar nos clipes abaixo é extremamente importante. Isso porque "The Troggs" influenciou muita gente boa como Jimmy Hendrix, MC5, Ramones, Iggy Pop, entre outros!

"Wild Thing", de 1965:


"With a Girl Like You", de 1966:


Ba ba ba ba ba, ba ba ba ba...

A verdade está... onde, mesmo?


Meus cabelos continuam caindo sobre o teclado do computador (que esquenta e frita de um jeito novo e impressionante a cada momento) enquanto escrevo. Mas deixem isso pra lá: a exumação de hoje é uma obra fictícia baseada em fatos fictícios considerados verídicos. Explico: Philippe Mora, diretor de "Estranhos Visitantes" ("Communion", de 1989) considera como fatos reais os eventos contados no filme, onde o autor do livro homônimo à exumação, interpretado por Christopher Walken, explica sobre as suas experiências de abdução alienígena e que tais.
Ora pitombas, pôr esse tipo de aviso no começo de um filme (onde erroneamente pretende-se fazer o espectador acreditar que o que ele assistirá aconteceu de verdade) não é muito recomendado nem em obras cinematográficas ditas históricas, o que dizer de uma produção recheada de extra-terrestres e sondas anais (!!), numa intenção explícita de acrescentar um ar mais sério a essa besteira toda.
Pois bem, deixando essa discussão de lado, desenterro "Estranhos Visitantes", hoje, pelo inacreditavelmente insólito exposto na telona e às bizarrices muitas vezes associadas aos trabalhos de Christopher Walken. Aqui, como já nos acostumamos, não é diferente: nosso querido e estranho ator participa de uma das cenas mais absurdas de todos os tempos da ficção científica, onde, entre criancinhas terráqueas espalhadas pela nave-cenário e beijos apaixonados em E.T.s, a sonda anal supracitada é utilizada!
Preparem-se para oito tenebrosos minutos a seguir, só recomendados para quem se interessa por temas sobrenaturais desvinculados de qualquer razão, como alienígenas, espíritos, almas, religiões e outras fantasias afins:







Mas, espere aí, talvez eu tenha me enganado. Ou, como se dizia em tempos pré-históricos (coisa de dez anos atrás): estou marcando touca! Há um alienígena legítimo no filme, e o nome dele é Christopher Walken!

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Vamos aprender inglês com os japoneses?

Existe um programa de uma emissora de televisão no Japão que resolveu ensinar inglês aos habitantes durante sessões de aeróbica. Não é simplesmente o máximo? Você malha... e aprende um idioma!
Eles apresentam uma dramatizaçào de uma situação qualquer - como um singelo piriri, por exemplo (!) -  e coreografam as frases faladas em inglês com passinhos ensaiados de academia!
Mundo, para o bem ou para o mal, prepare-se para "I have a bad case of diarrhea":

  

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Viagem eletrônica surrealmente suína, em plena segunda-feira

 Segunda-feira é dia de batente, que pena! Comecem bem a semana com Plaid, banda cujos integrantes são dois caras que compuseram a trilha sonora do anime maneiríssimo "Tekkon Kinkreet". Abaixo, o clipe "slasher-corporativo" da música dos porcos, "Itsu".



Bizarro!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ten Years After dois anos depois de Woodstock


"Adoraria mudar o mundo, mas não sei o que fazer" - Alvin Lee

Dois anos depois da apresentação da banda em Woodstock, Alvin Lee escreve essa música de cunho político e crítico, em 1971:
"I'd love to change the world" - Ten Years After



Bom final de semana!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Morro X Asfalto


"FM Rebeldia" é uma música de Alceu Valença do final dos anos 80. Vamos escutá-la e entender que a guerra civil no Rio de Janeiro já estava anunciada há muito tempo...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Não é só uma pornochanchada musical

A exumação de hoje é nacional, de1980, de Carlos Alberto Prates, baseado livremente em um conto de João Guimarães Rosa. A produção, ganhadora de uma penca de prêmios no festival de Gramado do ano seguinte, conta com vários números musicais e a atuação de Tânia Alves, além da participação de Tamara Taxman, Louise Cardoso, Thelma Reston, entre outros. Nelson Dantas, o eterno Beato Salú, de "Roque Santeiro", é o protagonista.
O filme "Cabaret Mineiro" mostra várias cenas onde a música tocando no fundo parece ser um elemento determinante, competindo até com as imagens filmadas, quando não há números musicais como o da canção "Bunda virada". Também contém temas surreais e poéticos, mas é perfeitamente possível acompanhar a história central, em que um homem  vivencia e relembra várias de suas aventuras amorosas pelo interior de Minas Gerais.
Mas a cena antológica, para mim, é aquela em que o personagem de Nelson Dantas canta a folclórica "Suíte do Quelemeu" na intençào de seduzir gostosa rapariga. A cena, inesquecível, pode ser acompanhada logo aqui embaixo:



terça-feira, 23 de novembro de 2010

Do tempo em que Sempre Livre não era absorvente

Seja "free" com a banda dos anos 80 Sempre Livre... no programa de auditório do Chacrinha, é claro!

Michael Myers, Laurie e... Gal Costa

Não fique triste, Jason Voorhees!

"Ressuscita-me", Gal Costa:
















"Ressuscita-me
lutando contra as misérias do cotidiano
ressuscita-me por isso
ressuscita-me
quero acabar de viver o que me cabe
minha vida para que não mais existam amores servis
ressuscita-me
para que ninguém mais tenha de sacrificar-se
por uma casa, um buraco
ressuscita-me
para que a partir de hoje a partir de hoje
a família se transforme e o pai seja pelo menos o Universo
e a mãe seja
no mínimo a Terra
a Terra".

Os alienígenas também amam

A estranha banda americana Animal Collective conta, no clipe da música "Peacebone", a linda história de amor entre um extraterrestre com tentáculos, digamos, fálicos, tipo os do Urotsukidōji, e a atraente garota de aparelhos que é a sua verdadeira paixão, mas que possui um terrível segredo. Acompanhem:

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Hollywood turca e o Troféu Óleo de Peroba

Em se tratando de seres humanos, tudo é possível. A cara de pau das pessoas desconhece limites, e porque não dizer até mesmo fronteiras. Vamos exemplificar isso tomando como ilustração o digníssimo país cuja capital é Ankara: a Turquia (pois é, a capital não é Istambul!).
Muito bem, caríssimos, eis que mais ou menos a partir dos anos 60 até meados dos anos 80, os turcos decidiram produzir filmes em grande quantidade (e de qualidade duvidosa), mas com um pequeno detalhe: essas produções são cópias descaradas de muitos filmes conhecidos dos Estados Unidos, sem, no entanto, ter necessariamente outro elemento em comum com a obra original, como o título - e precisa? Alguns outros, porém, vão chegar ao cúmulo de exibir cenas dos filmes originais inseridos na versão da Turquia - como é o caso do inexplicável "Star Wars" turco (!!), sem creditar os autores originais, descumprindo todos os direitos autorais da face deste planeta e de outras galáxias distantes. Alguns, ainda, copiarão o roteiro de filmes americanos de sucesso, como observamos no "Seytan" (Satã), versão de " O Exorcista", do William Friedkin (!?!). O resultado, obviamente, é bizarro, mas não deixa de ser engraçado.
Os leitores gostariam de outros exemplos de plágio dos produtores turcos, certamente merecedores do Troféu Óleo de Peroba em âmbito intergalático (o diretor italiano Bruno Mattei, também conhecido por filmografia copiada de obras famosas de Hollywood, teria o maior prazer em entregar o prêmio à Turquia)? Eles estão listados a seguir, alguns com o respectivo poster:

"Superman, o Retorno" - de onde? (1979)

"E.T., o extraterrestre" (1983)

"Capitão América e Santo [lutador mexicano famosíssimo
no seu país de origem e estrela de seus próprios filmes toscos]
contra o Homem Aranha" (!), de 1973, onde o Homem Aranha é vilão!



O bizarro "Star Wars" turco, cujo título é "Dünyayi kurtaran adam" (1982),
ou "O Homem Salvador do Mundo" - ou algo assim 


A Linda Blair... da Turquia!
 
Sem mencionar diversas outras produções com figuras conhecidas do universo hollywoodiano como ninjas, mercenários, gângsters, além das versões turcas, vejam só, de Indiana Jones, Tarzan, O Mágico de Oz, Conan, Rambo, O Tubarão, Star Trek...
Esses dois últimos aparecem em breves e inacreditáveis trechos a seguir:





Percebam que a tosca cena do capitão Kirk contra o lagarto pode ficar ainda mais tosca na cópia turca!

Como se pode evidenciar, a Turquia há muito tempo é capaz de produzir suas próprias bombas de destruição em massa, o que a torna campeã legítima do Troféu Óleo de Peroba!


Parabéns!

Observação pertinente: muitos desses filmes merecem futuros posts só deles. Aguardem!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Não é o Bob Esponja! Não é a Lula Lelé! É só um programa infantil japonês...

Não me perguntem nada, caríssimos... Só acho que ficamos sabendo cada vez mais como o Japão cuida da infância dos seus habitantes... e a causa de muita gente lá ser biruta! O que talvez lembre o Bob Esponja me parece ser uma espécie de mamão ou chuchu... marinho?



Quem entendeu alguma coisa, já sabe: fico devendo um podrão da carrocinha do Bororó!

Fimes cult do Kubrick em outra mídia

Vejam o que achei na net: obras maneiríssimas de um artista gráfico nascido nos EUA chamado Carlos Ramos, adaptador de filmes famosos do diretor Stanley Kubrick em transposições bem feitas para a mídia visual.

2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968):





O Iluminado (1980):



Doutor Fantástico (1964):


Laranja Mecânica (1971):



terça-feira, 16 de novembro de 2010

Retorno do feriadão


Viva a República! Viva mais um final de semana prolongado! Divertiram-se no feriadão, caríssimos? Para recuperar o ânimo no retorno ao batente, José Feliciano magistral em "Light my fire":

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O cotidiano mais dramático do mundo

Divirtam-se com esse vídeo amador com trilha sonora de "Requiem for a Dream", de Darren Aronofski:

O homem da Califórnia


Richard Kiel como "Eegah"

Richard Kiel como "Jaws"


Olha, eu sei, é preciso ser mais indulgente com atores cujo maior feito é representar coadjuvantes toscos - mais precisamente, sujeitos com mais de dois metros de altura portadores de dentes de aço e empregados de vilões megalomaníacos com planos de conquista mundial geralmente frustrados por espiões ingleses bebedores de martini. Mas assistir uma projeção estrelada por Richard Kiel em começo de carreira, onde todas as suas falas constituem-se de meros grunhidos pré-históricos, é dose pra leão! Estou falando, caríssimos, de "Eegah!", de 1962, a exumação tenebrosa de hoje.
Menciono grunhidos porque o personagem-título, responsabilidade do intérprete de Jaws quinze anos após essa bomba, é um homem das cavernas encontrado perambulando pelo deserto californiano por uma patricinha adolescente (embora a atriz estivesse na casa dos trinta) filha de um experiente escritor aventureiro (que tem um forno dentro da sua sala de televisão!).
A complicadíssima trama se desenvolve em meio ao inevitável complexo de "A Bela e a Fera". A mocinha conhece o brutamontes e depois do susto inicial faz até a barba dele! Previsivelmente, Eegah se apaixona por Roxy, tentando até estuprá-la.
O trágico desfecho acontece devido ao choque de civilizações, pois os policiais da Califórnia resolvem atirar casualmente em um sujeito grandalhão à beira da piscina só porque este estava brandindo uma clava e vestindo peles de animais selvagens. Que isso sirva de lição ao incauto leitor que ouse se trajar como Fred Flinstone em festas a fantasia nos EUA!
Produções de baixo orçamento e humor involuntário como essa jamais mereceriam sequer menção em produções futuras. Menos mal seria se tivessem esquecido nos anos sessenta essa obra tosca sobre um homem das cavernas na Califórnia. O problema foi justamente filmarem "O Homem da Califórnia" nos anos noventa. Por quê? Para quê? O filme dos anos sessenta já não é ruim o suficiente? O dos anos noventa tem o debilóide do Brandon Fraser de neanderthal! E o insuportável Pauly Shore como coadjuvante maconheiro! Céus, o horror...
Se o silencioso Jaws pudesse gritar, ele gritaria: "Eecah!"



Segue o trailer do horroroso "Eegah!":


E o trailer do abominável "Homem da Califórnia"de 1992: